A grande maravilha em Jesus morrer pelas suas
ovelhas está em que “Ele veio para aqueles que são seus, mas os seus não o
receberam” (João 1. 11). Suas ovelhas que pertenciam a este aprisco eram de
linhagem judaica, mas Ele tinha outras ovelhas, que precisavam ser buscadas e
que nunca tinham pertencido a este rebanho.
Jesus mesmo ensinou: “Ainda tenho outras
ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha
voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16).
As ovelhas não pertencentes a este aprisco
judaico, na verdade não poderiam ser encaixados nele pela perspectiva religiosa
do judaísmo. No entanto, mais tarde, nos Evangelhos, eles são chamados de filhos
de Deus.
São aquelas “ovelhas desgarradas e perdidas” que
precisam ser reunidas por Jesus em um só corpo, juntos com os que pertencem a
nação de Israel.
Até mesmo Caifás, que era sumo sacerdote no
ano em que Jesus foi levado à cruz, profetizou que Jesus morreria pela nação
judaica, conforme escreveu João no seu Evangelho: “Ele não disse isso de si
mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria
pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de
Deus que estão espalhados, para reuni-los num povo” (João 11. 51, 52).
Jesus é aquele que aponta para uma missão
entre os gentios, e para a formação de uma comunidade constituída de judeus e
gentios crentes, onde não há “judeu nem grego” (Gálatas 3. 28; Colossenses 3.
11).