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Ano Novo: Escrevendo Nossas Páginas de Fé e Esperança

À medida que nos despedimos do ano que se encerra, é tempo de refletir sobre nossas jornadas, nossas alegrias e desafios. Olhamos para trás com gratidão por tudo o que conquistamos e com sabedoria para aprender com nossos erros. À nossa frente, um novo ano se abre como um livro em branco, esperando por nós para escrevermos suas páginas com histórias de amor, esperança e superação.   Que possamos abraçar o futuro com coragem, determinação e fé, lembrando que em tempos de incerteza, nossa fé nos sustentará. Assim como está escrito em Jeremias 29:11: 'Porque eu sei que pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.'   Que em 2024 possamos seguir os planos de Deus, confiando em Sua orientação, e que cada passo que dermos seja um passo em direção à Sua vontade. Que a paz de Deus nos guie, a alegria de Seu amor nos preencha e Sua graça nos sustente ao longo do novo ano. Feliz Ano Novo!".     O amor é

O Cristianismo e as Perdas - Parte 1

Quero trazer um assunto do qual o mundo tem insistentemente procurado trabalhar para que possamos esquecer: o limite humano. Tudo ao nosso redor trabalha para que possamos nos sentir poderosos, autossuficientes e onipotentes.

Muitos chegam mesmo a acreditar que podemos driblar a morte, e alguns grupos religiosos associam as perdas ao pecado e ao distanciamento de Deus.

Vivemos em um mundo que nos ensina a buscar sempre ganhar, vencer e lucrar. Todavia a vida irá sempre nos apresentar muitos momentos de perdas, pois faz parte do ciclo natural da vida.

Nossa existência compreende um ciclo que inclui nascimento, crescimento, maturidade e morte. E dentro desse ciclo sempre teremos situações nas quais teremos que lidar com as perdas. Perdas dolorosas e perdas que serão necessárias para o nosso amadurecimento.


Perdas fazem parte do processo de nossa existência. Jesus disse que: “Se alguém não carregar a sua cruz e me seguir, esse não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.27). Isso significa dizer que para seguir Jesus temos que deixar muitas coisas: “Todo aquele que quiser ser meu seguidor deve amar­-me mais do que ao próprio pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, ou irmãs, sim, mais do que à sua própria vida...” (Lucas 17.25), Isso inclui a própria vida.

Assim se nós conseguirmos entender que as perdas não significam um distanciamento de Deus, como muita teologia que nada tem a ver com Bíblia ensina, mas faz parte de nossa existência, conseguiremos lidar com ela de forma mais saudável.

Diariamente temos que enfrentar com perdas e ganhos. Esse é o ciclo normal da vida.


O primeiro enfrentamento de perda começa justamente no nosso nascimento, quando temos de deixar um lugar seguro e confortável, que é a barriga da mãe, um lugar quentinho e sermos lançados no mundo.

A partir daí cotidianamente enfrentamos desafios que exigem de nós respostas a essas situações. Ambiguidade que nos acompanhará até a morte.

Na adolescência temos que enfrentar outras perdas, como a perda do corpo infantil, a perda dos pais da infância e a perda da identidade infantil. Isso significa que para chegarmos à fase adulta precisamos passar por todas essas perdas e passar pela elaboração do luto do corpo infantil.

Para ganhar o corpo e a identidade de um homem, ou de uma mulher adulta, é preciso perder o corpo infantil. Na idade adulta ganhamos a maturidade.

Assim é a vida, vivemos sucessivamente com perdas e ganhos.

Jesus em um momento de angústia sentiu vontade de fugir a uma perda, mas a elaboração que Ele fez da situação lhe deu forças para não sucumbir aos seus desejos: “E afastando-se deles alguns metros, ajoelhou-se e orou, dizendo: Pai, o senhor pode afastar de mim este cálice de sofrimento, se quiser. Mas, que seja feita a sua vontade, e não a minha” (Lucas 22. 41,42). 

Precisamos estar atentos a isso.

No próximo mês falaremos mais um pouco sobre esse tema. Até lá.

Leia também:
O Cristianismo e as Perdas – Parte 2.