A Ciência jamais apresentou uma explicação
das origens mais razoável e satisfatória do que o livro de Gênesis, embora ele
não se destine a ser um livro de Geologia, Astronomia ou qualquer outra ciência
natural.
Ali não encontramos minúcias científicas, nem
descrições científicas detalhadas. Não existem termos técnicos da Ciência. E
nem informações sobre os movimentos dos corpos celestes, sobre distância,
volume, gravitação ou qualquer outra explicação dessa natureza.
O propósito do livro de Gênesis não é nos
ensinar ciência.
Para uma época em que os homens se sentiam
tentados a adorar as estrelas, o que Moisés escreveu era suficiente para
mostrar que os corpos celestes eram apenas criação divina: “No princípio criou
Deus os céus e a terra” (Gênesis 1. 1).
O propósito de Gênesis 1 é introduzir a
história da redenção. Mas tudo o que nos é mostrado ali sobre os acontecimentos
da semana da criação, nos é dito de modo a não entrar em conflito com os fatos
da ciência. E embora o livro de Gênesis não tenha sido escrito para nos ensinar
ciência, suas alusões científicas anteciparam de seis mil anos o melhor
pensamento científico dos dias presentes.
Conforme diz o Dr. Alphonzo Smith em seu
tempo: “Os fundadores da ciência moderna, aqueles que lançaram os fundamentos
sobre os quais edificaram os grandes cientistas do século dezenove, foram Bacon,
Kepler, Galileu, Harvey e Newton. Estes homens criam que havia “Mente”, “pensamento”,
“poder altíssimo”, “desígnio”, “inteligência”, “um Agente inteligente”, em a
natureza. Eles criam, não porque o tivessem provado; a prova veio
posteriormente. Eles criam porque o Gênesis o afirmava”.
A questão é que a Bíblia põe o fato da
criação bem no meio de sua narrativa, como a sua primeira afirmação. A doutrina
da Criação se opõe à ideia de eternidade da matéria, e como a matéria apresenta
evidências de composição e também de arranjo, logo a matéria não é
auto-existente.
Existe o valor espiritual na doutrina da
criação pois, é uma doutrina que coloca Deus sobre todas as coisas, faz de Deus
o soberano do universo, torna todos os homens responsáveis perante Ele, faz
todos dependentes Dele, nos leva a adorá-Lo, nos garante o Seu cuidado, nos
leva a confiar Nele, torna razoável a revelação, torna possível a salvação,
torna provável que Deus intervenha na vida dos homens. Além de tudo, a criação
alegra os enfermos, porque aquele que nos fez nos pode consertar; e ainda, a
criação nos dá esperança na morte, porque estamos nas mãos do nosso Autor.