As pessoas tem uma ideia da soberania de
Deus, mas quando isso é posto em prática, não é bem isso o que parece pensar a
maioria das pessoas. O que parece é que a maioria das pessoas tem a ideia de
que Deus é alguém que lhe deve obedecer às orações, que está pronto a cumprir
as ordenanças daquele que tem em suas mãos o poder da oração.
Mas quando estudamos sobre a Soberania de
Deus, danos de encontro com a Ordem de Seus Decretos. Isso inclui a criação, a
permissão da queda, e a salvação. E para cumprir os Seus decretos, Deus utiliza
dos meios necessários para que eles aconteçam.
Para entender isso precisamos crer que Deus
tem um propósito, um plano. E este plano está envolvido em Sua personalidade. E
pode ser provado pelas escrituras: “O Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois
o invalidará? E a Sua mão estendida está; quem pois o fará voltar atrás?” (Isaias
14. 27).
Alguém poderá dizer: “Mas você está citando o
Velho Testamento...”
Ok, o apostolo Paulo tinha uma visão mais
centrada das Escrituras do que muitos crentes em nosso tempo, ele escreveu aos
efésios: “Havendo sido predestinado, conforme o propósito daquele que faz todas
as coisas segundo o conselho da Sua vontade.” (Efésios 1. 11).
Na minha infância aprendi que: “Os decretos
de Deus são o Seu eterno propósito, segundo o conselho de Sua vontade, pela
qual, para Sua própria glória Ele tem predestinado tudo o que acontece”
(Catecismo pergunta 7).
Sei que não é fácil de entender. Nossa mente
não está pronta para aceitar certas coisas. Principalmente quando criamos
ideias erradas a respeito de Deus. Por exemplo, não é tão difícil entender que
Deus através de Seu decreto positivo, faz Ele mesmo, aquilo que Ele resolveu
fazer. Mas não é tão simples de entender quando pensamos em Seus decretos
permissivos, ou seja, aquilo que Deus permite acontecer porque Ele resolveu
permitir.
Em Seus propósitos, Deus abrange todos os
acontecimentos. Isso inclui todo o curso geral da história, como também os
acontecimentos particulares, como o nascimento de Cristo predito em Miquéias 5.
2. E são exatamente nesses particulares que nossa mente finita não consegue
entender a mente infinita de Deus.
Como entender os atos bons dos homens?: “Porque
somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, as quais Deus,
preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2. 10). E ainfa mais, como
entender os ato maus dos homens?: “O Senhor fez todas as coisas para os Seus
próprios fins, e até o ímpio para o dia do mal” (Provérbios 16. 4).
Em Seus decretos Deus decretou os
acontecimentos que chamamos de acidentais, e para todas as coisas Ele decretou
tanto os meios como os fins: “Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos
amados do Senhor, por vos ter Deus eleito desde o princípio para a salvação, em
santificação do espírito e fé da verdade” (2 Tessalonicenses 2. 13). Deus os
elegeu para a salvação, este é o fim; em santificação e fé, este é o meio.
Se Deus escolhe um homem para a salvação,
escolhe também os meios para alcançar esse fim: “Eleitos segundo a presciência
de Deus Pai, em santificação do espírito, para a obediência e aspersão do
sangue de Jesus Cristo” (1 Pedro 1. 2).