Sem exceção,
podemos dizer que o ser humano vive em busca da felicidade. Sejam quais forem
os meios que se emprega, a finalidade tende para essa direção.
Todos os esforços
empregados pelo homem, toda vontade, toda ação, é motivada pelo objetivo de se
alcançar a felicidade. É em busca desse bem que as pessoas andam.
Boécio, um
filósofo, estadista e teólogo romano, nos dá uma definição interessante sobre o
que é a felicidade. Diz ele: “Felicidade é o conjunto de todos os bens”.
Se entendermos bens
como motivos que impelem nossa vontade à ação, encontraremos pelo menos quatro
motivos onde está baseada a nossa vontade. São elas a vontade de ser, onde se
deseja ser bons pais, sociáveis, atualizados, orgulhosos de suas poses, ser o
primeiro em tudo e de ser influentes sobre os outros; a vontade de obter, pois
todos querem ter saúde, tempo, dinheiro, popularidade e aparência melhorada; a
vontade de fazer, como por exemplo fazer expressar sua personalidade, resistir
à dominação dos outros, ganhar a afeição alheia e adquirir coisas; e por fim a
vontade de evitar, ninguém quer perder tempo e nem dinheiro, a maioria quer
evitar perder o trabalho, e querem evitar a preocupação, os riscos o embaraço
pessoal.
Todavia, quando não
se é capaz da posse do bem absoluto, a felicidade em sua totalidade, as pessoas
buscam a felicidade nos bens relativos: “Uns confiam em carros e outros em
cavalos” (Salmos 20. 7 a). Quando isso acontece, quando se busca os bens
relativos, a pessoa quer apenas, ao menos, a esperança de poder ser feliz.
Todos os bens
buscados pelo ser humano não passam de meios para conseguir a felicidade, que é
o fim desejado pela vontade de todos os homens.
Quando encontramos
prostitutas, drogados, homossexuais, corruptos e ladrões, e todas as vontades
compulsivas, estamos lidando com pessoas que só utilizam destes meios por
desejarem o fim, que é ser feliz.
Na filosofia, “felicidade
é o descanso da vontade na posse do bem”.
São os motivos que
fazem com que a pessoa ande e comporte-se desta ou daquela maneira.
No entanto existe
uma carência em todo ser humano. Carência é a falta de algo. É por causa dessa
carência que o ser humano busca nos bens relativos os meios para encontrar um
equilíbrio interno.
Todo ser humano
precisa de um equilíbrio fisiológico, social, humano e porque não dizer,
espiritual.
Um corpo em
desequilíbrio provoca tensões que impelem a ação, e as tensões ou motivos,
determinam a ação. E aquilo que será construído fora, será reflexo daquilo que
foi conquistado interiormente pela pessoa.
Quando falamos
disso estamos falando na sua experiência passada, sua bagagem de vida, falamos
também de sua capacidade física, e suas circunstâncias. Pois a motivação está
relacionada aos impulsos, objetivos, recompensas, desejo consciente ou
carência.
Não é de se
estranhar que o sábio Salomão tenha escrito: “Tenha cuidado com o que você
pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos” (Provérbios 4. 23 –
BLH).
Todos nós andamos
em busca da felicidade. Não importam quais forem os diferentes meios empregados
para isso. Todavia o salmista escreveu: “Uns confiam em carros e outros em
cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus” Salmos 20. 7).
O salmista
declarou: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento
todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre”
(Salmos 111. 10).
Ninguém faz ou
deixar e fazer alguma coisa a não ser com a finalidade de ser feliz.
Como eu disse
antes, existe uma carência em todo ser humano que só será preenchida com o
Espírito Santo que vem habitar em nós quando nós nos colocamos em posição de
receptor desse Espírito.
Pois como disse o
profeta Isaías: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo
estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus
Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9. 6).