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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

Reflexões Acerca do Crer



Existe uma frase de um filosofo francês, criador da filosofia moderna e do racionalismo, chamado René Descartes que diz: “Penso, logo existo”.

Para Descartes o racionalismo privilegia o pensamento lógico como forma de explicar a verdade. Para ele a razão humana é a capacidade exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade.

Para o homem que estava recém-saído da Idade Média e estava ainda submetido à autoridade intelectual eclesiástica, isso era algo novo. Uma doutrina a ser entendida.

Por outro lado, pode ser que exista alguém que diga: “Sinto, logo sou espiritual”.

Como se pudéssemos avaliar a espiritualidade de alguém simplesmente pelas emoções. A emoção tem sua função inata na origem, elas são influenciadas pela experiência, e tem uma função adaptativa. Quando falamos de emoção estamos falando de estados afetivos e estados internos de uma pessoa, são desejos e necessidades que levam essa pessoa em direção a um objetivo. Mas a emoção não dita o comportamento futuro dessa pessoa, ela não tem a capacidade de conhecer e estabelecer a verdade.

Estou refletindo sobre isso, pois ninguém quer um cristianismo frio, triste e intelectualizado. No entanto, observo que muitos têm zelo pelo Evangelho, mas não tem o conhecimento. Muito entusiasmo, porém sem esclarecimento.

Qual é o lugar da mente na vida do cristão cheio do Espírito Santo? Ter fé implica em obedecer de forma irracional?

Se nos entregarmos à fé sem a reflexão, corremos o risco de nos tornar fanáticos, mas por outro lado, se refletirmos sem a entrega, corremos o risco de nos paralisar e isso nos impedir uma ação.

No caminho da fé é preciso um equilíbrio. É como caminhar numa corda bamba tendo nas mãos uma vara com um peso em cada extremo dela. De um lado a razão e do outro a emoção. Se um dos lados pesar mais que o outro, se perde o equilíbrio. E assim ou você se tornará um religioso observando um cerimonial aparente, ou se tornará um cético adepto do culto árido do super-inteletualismo.

O caminho deve ser equilibrado entre a razão e a sensibilidade, entre a mente e o coração. Assim deve ser o caminho na vida o cristão: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" (Romanos 12. 1).

Com estas palavras o apóstolo Paulo esta falando de uma viva devoção inflamada pelo fogo da verdade.

São os pensamentos humanos que ajudam na concretização de grandes ações. As idéias, as doutrinas se apossam da mente, inflamam a imaginação e captam a devoção de seus seguidores.

Na batalha de idéias encontramos a verdade de Deus vencendo as mentiras dos homens.

Emoções não vencem batalhas e sim aquela pessoa que tem um duplo dever: o de pensar e o de agir de conformidade com o seu pensamento e conhecimento.