Na postagem
anterior, mencionamos que: “Se dissermos que não temos pecado nenhum,
enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1 João 1. 8).
Entre as pessoas
que mais se enganam neste mundo estão os religiosos, pois esses se julgam sem
pecado, que não erram e por isso não precisam de arrependimento. Os judeus eram
religiosos, achavam-se perfeitos. Mas foram exatamente eles quem rejeitaram a
Jesus.
Penso que isso se
dê pela forma como seus adeptos são ensinados dentro dos templos. Deixando de
lado as religiões pagãs e filosóficas, quero me concentrar nos templos evangélicos. Onde praticamente duas doutrinas são ensinadas. Uma é aquela em
que é ensinado que por qualquer ato errado se pode perder a salvação. Isso faz
crescer muitos crentes imaturos e medrosos. Gente com medo de Deus, pois Esse
se apresenta como um tirano que pode tirar a bênção que Ele deu, se seu
seguidor não fizer o que ele manda.
Por outro lado
existem aqueles que crê na graça de Deus. É verdade que a graça tira o medo que
se tem de Deus, pois aqui Deus se apresenta como um Ser misericordioso, capaz
de perdoar os erros cometidos. O problema é que muitos transformam a graça em
libertinagem.
Paulo escrevendo aos
gálatas disse: “Porém vocês irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não
deixem que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza
humana domine vocês. Pelo contrário, que o amor faça com que vocês amem uns aos
outros” (Gálatas 5. 13).
Então como desfazer
o engano que se tem em relação ao pecado?
A resposta é:
conhecer a verdade. Jesus disse: “... e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará” (João 8. 32).
A graça só tem
efeito quando ela entra profundamente no interior do ser humano a ponto de
tocar o mais profundo do ser. Quando ela faz a transformação no caráter.
Arrepender-se é
reconhecer os próprios pecados. Se converter é mudar a direção que você tem
tomado.
Existem muitos
pecados ocultos (latentes) em nosso interior, embora muitas vezes eles não
cheguem a se concretizar, confesse diante de Deus esse potencial pecaminoso que
existe dentro de você.
Paulo, o apóstolo,
escrevendo aos romanos disse: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo
não está” (Romanos 7. 18).
Embora esses
pecados possam não se materializar em atos contra alguém, você sabe que eles
estão aí e Deus também sabe.
Talvez uma mágoa
contra alguém, um rancor ou ira, uma tristeza não confessada, coisas como essas
não há como o outro saber. Mas, você sabe.
O salmista
escreveu: “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim” (Salmos 51. 3).
Portanto, se você
quer viver bem com Deus e o próximo, confesse a pecaminosidade latente.
É confortante colocar tudo aquilo que está guardado bem lá no fundo de
nosso coração e saber que Ele responde: “A ti, ó Deus, eu clamo, pois tu me
ouvirás; inclina para mim os teus ouvidos, e ouve as minhas palavras” (Salmos
17.6).