“Eu vos escrevi, meninos, porque
conheceis o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o
princípio. Eu escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus
permanece em vós, e já vencestes o Maligno”
(1 João 2. 14).
Transcrevo este texto
com a esperança de poder motivar você a ser forte, a ir além daquilo que
aparentemente parece ser o limite da sua força. Quando tudo parece dizer que
não.
Que o Senhor lhe
abençoe com esta leitura. Amém!
Está é a história de uma
adolescentes que tinha apenas 16 anos de idade. Estudante de uma faculdade, que
determinada noite, ao se recolher ao leito, no dormitório da escola, foi
acordar seis meses depois numa cama de hospital, na cidade de Nova Iorque.
O nome dessa menina é Rachel. Ela
havia sofrido um forte sangramento intestinal que a fez mergulhar num longo
estado de coma.
Sua vida como pessoa saudável havia
chegado ao fim. Era o início de uma vida como pessoa portadora de doença
crônica.
E como muitas vezes são nos momentos
de adversidades que descobrimos o real valor das coisas. Foi exatamente nesta
época que Rachel se recorda de ter conhecido verdadeiramente a sua mãe.
Pois até aquele momento, sua mãe era
vista apenas como a profissional que passava longas horas trabalhando. E Rachel
a via quando chegava em casa, tarde da noite, para lhe dar banho, ler uma
história e lhe dar um beijo de boa noite.
As lembranças que Rachel tinha de
sua mãe até aquele momento eram a figura de uma mulher passageira que tinha um perfume gostoso e tomava conta dela nos finais de semana.
Durante o período de seis meses em
que Rachel esteve em coma, seus pais se encheram de temores. Afinal, ela era
filha única de pais mais velhos e super-protetores.
Os médicos apresentavam prognósticos
muito sombrios. Se ela conseguisse sair do coma, viveria como uma inválida,
limitada por sua doença. Uma doença que os médicos não compreendiam, nem
controlavam.
Ela teria que se submeter a uma
série de cirurgias importantes. Não deveria viver além dos quarenta anos de
idade.
Isso significava que ela não teria nenhuma
chance de retornar aos estudos.
O sonho de Rachel era se tornar
médica. E ali, deitada na cama, ouvindo seu pai lhe dizer tudo isso, ela ficou
zangada.
Não importava o que os médicos
diziam, ela voltaria aos estudos, à faculdade. Ela queria ser médica, e nada a
impediria.
Então seu pai lhe disse:
- Ah, uma coisa a impedirá, sim. Não
pagarei os seus estudos.
Sua mãe que até aquele momento ouvia
tudo em silêncio, sem alteração na voz, afirmou:
- Eu pago a faculdade.
O pai um tanto incrédulo pergunta:
- E onde você vai arranjar o
dinheiro?
A mãe continuou a falar,
dirigindo-se a filha, como se nada tivesse ouvido:
- Tenho uma conta no banco há muitos
anos. É toda sua, Rachel.
Passaram-se vinte e quatro horas, a
mãe estava assinando um termo de responsabilidade e retirando a filha do
hospital, contra a recomendação dos médicos.
Ambas tomaram um pequeno avião e
Rachel foi levada de volta para a faculdade.
Nos seis meses seguintes a mãe levou
a filha para as salas de aulas. Muitas vezes empurrando a cadeira de rodas,
porque a jovem não conseguia andar.
Então, quando percebeu que a filha
poderia cuidar de si mesma, a mãe a deixou. Mas tinha o cuidado de telefonar
todos os dias para saber noticias.
Os dois anos seguintes foram
períodos de muitas lutas. Rachel não estava conseguindo comer direito e tomava
medicamentos fortes para controlar os sintomas.
Rachel se sentia doente, sua
aparência estava alterada e estava com doze ou catorze quilos abaixo do seu
peso normal.
E foi exatamente neste momento que
Rachel foi descobrindo uma força que ela desconhecia. Ela encontrou uma maneira
de viver essa sua nova vida e seguir em frente.
Rachel conseguiu concluir a
faculdade e começou a clinicar.
Anos mais tarde, conversando com sua
mãe, Rachel lhe questionou o motivo de a ter deixado sozinha em um momento tão
difícil. Pois afinal, ela era filha única. Quis saber por que a mãe não ficou
ao seu lado, protegendo-a e mimando-a. Quis saber se a mãe não teve medo do que
lhe pudesse acontecer.
A mãe então lhe disse:
- Eu temia por você. Mas temia ainda
mais pelos seus sonhos. Se eles morressem, essa doença dominaria a sua vida. Há
muitas formas de morrer, Rachel. A pior delas, é permitir que outras pessoas
escolham o tipo de vida que você deve levar. E a pior morte é permitir que
sejam sepultados os próprios sonhos”.
“E acontecerá nos últimos dias, diz o
Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e
as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos
anciãos terão sonhos”
(Atos 2. 17).