Quem não gostaria
de poder conseguir enfrentar as grandes dificuldades?
O apóstolo Pedro ao
escrever sua primeira carta aos cristãos que estavam espalhados fora de
Jerusalém (1 Pedro 1.1), lhes confortou dizendo que eles tinham uma nova vida
devido a grande misericórdia de Deus, que ao enviar Seu Filho Jesus Cristo,
lhes proporcionou essa oportunidade. Pedro chega a escrever: “Por isso o nosso
coração está cheio de uma esperança viva” (1 Pedro 1. 3).
Esses cristãos a
quem Pedro escreve estavam passando por grandes tribulações. Era mesmo uma trajetória
árida para aquela gente. Pedro tinha consciência disso e não acusava aquela
gente de ter falta de fé, como vemos muitos líderes fazerem em nossos dias.
Pelo contrário, Pedro os motivava: “Alegrem-se por isso, se bem que agora é
possível que vocês fiquem tristes por algum tempo, por causa dos muitos tipos de
provações que vocês estão sofrendo. Essas provações são para mostrar que a fé
que vocês têm é verdadeira” (1 Pedro 1. 6, 7).
Quando lemos isso,
vemos como Pedro estava ensinando aquela gente a encarar as dificuldades do dia
a dia no poder de Deus.
O ser humano quando
se depara com algum tipo de barreira sempre adota algum tipo de reação contra
ela. Essas reações irão se reverter dos aspectos mais variados dependendo do
tipo de personalidade de cada um.
Alguns reagem com
agressividade, tentam vencer o obstáculo pela força. Outros reagem de maneira
diversa, pela regressão, seja porque temem ser agressivos e assim deixarem de
ser uma pessoa espiritual, ou seja, por não terem disposição para enfrentar a
situação. E assim adotam uma atitude menos madura e passam a agir como
crianças. Há também aqueles que preferem sublimar seus sentimentos. A
sublimação é um mecanismo de defesa que faz com que a pessoa dedique-se a
outras atividades quase sempre de natureza artística ou religiosa para tentar
escapar daquilo que lhe fere, ou de seus sentimentos negativos. E há outros que
agem com resignação, ou seja, desistem do seu objetivo, desativam de sua mente
aquilo pelo qual estão lutando ou procuram esquecer a sua necessidade.
Seja como for, o apóstolo
Pedro através de sua carta procura fazer com que os cristãos a quem ele está
escrevendo, mantenham uma vida alegre mesmo que as circunstâncias não pareçam
boas: “Vocês tem essa alegria porque estão recebendo a sua salvação, que é o
resultado da fé que possuem” (1 Pedro 1. 9).
O apóstolo está
motivando os cristãos a olhar o lado diferente, o lado do humor, do riso. Ele
sabe que a alegria, o senso de humor tem a capacidade de provocar em nós a
segurança, segurança que se encontra abalada diante de tanta tensão. Ele sabe
que quando uma ameaça pesa sobre nosso “eu”, nos sobrevém uma emoção, isto é,
uma perturbação de natureza psíquica e fisiológica. Uma consciência
desequilibrada faz com que o corpo se manifeste em forma de adoecimento. Tensão
e doença estão relacionadas. Quando encontramos um meio de diminuir a pressão
psicológica, reduziríamos 10% as doenças que afligem o ser humano. Mas para
isso é necessária uma mudança drástica no modo de perceber as coisas da vida.
É isso que Pedro procura
fazer ao escrever: “Quando os profetas falaram a respeito das verdades que
vocês têm ouvido agora, Deus revelou a eles que o trabalho que faziam não era
para o benefício deles, mas para o bem de vocês” (1 Pedro 2. 12). Pedro tinha
em mente motivar aquela gente a superar o medo. Ele escreve ainda: “Sejam obedientes
a Deus e não deixem que a vida de vocês seja dominada por aqueles desejos que
vocês tinham quando ainda eram ignorantes” (1 Pedro 1. 14). Pedro escreve para motivar
os cristãos a ter uma vida de esperança, os ensinando a encarar as dificuldades
do dia a dia no poder de Deus.
Muitos líderes
impõem medo sobre “seu rebanho”. Atribui a demônios tudo o que acontece de
negativo com eles. Parece até mesmo que tem demônios voando por todo lugar, no
meio da igreja e no meio do altar. O que deixa a natureza humana livre para
continuar a ser como é, a agir como age.
Quando olhamos para
Pedro cuidando da Igreja, vemos que ele atribuiu às pessoas, muitas coisas que
estavam acontecendo, e por isso mesmo exorta para que eles “abandonem tudo que
é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas” (1 Pedro 2. 1).
Devemos aprender a sorrir e entender à medida que lemos o Evangelho que
Deus tem propósitos em tudo que acontece conosco. E muitas ocorrem com a
permissão Dele.