Eu poderia começar
falando sobre prosperidade. Mas o fato é que eu encontro muitos homens de Deus,
registrados na Bíblia que não se enquadram dentro da perspectiva da teologia da
Prosperidade.
Poderia começar
falando algo para trazer medo, e realmente dá muito medo e pânico quando se
fala das coisas futuras, contidas no livro de Apocalipse. Mas, o medo e o
pânico não faz gerar amor genuíno no coração de quem sente esses sentimentos.
Por isso quero
começar minha mensagem falando de Graça. Essa sim alcança a todos os homens da
Bíblia. Até mesmo aqueles que tiveram a oportunidade de fazer o certo e, no
entanto não quiseram.
A Bíblia nos ensina
que muitas são as misericórdias do Senhor (Salmos 119. 156). Isso nos mostra
que a cada dia deixamos de receber de Deus aquilo que merecemos por nossos
pecados, para recebermos a Sua Graça.
Deixamos de receber
a punição por nossos pecados, para receber o que não merecemos Seu amor e Seu
perdão por nós.
Apesar disso,
encontramos muitas pessoas que criam problemas sem apresentar uma solução. Pois
vivem pressas as mágoas do passado, e as ramificações doentias vão se
alastrando dentro de seus corações a ponto de manchar suas almas.
Criar problemas sem
apresentar soluções é o paradigma das religiões. Que geram indivíduos
religiosos, que querem milagres imediatos, que esperam soluções imediatas, mas
não querem pagar um preço.
Indivíduos que não
querem viver dia após dia. Que não deixam entrar em si o efeito da Graça que
vem de Deus.
São pessoas que não
querem nada que exija uma mudança interna. Que não querem amar o próximo, que
não querem uma mudança de mente. O que eles querem é um amor que faça barulho,
que os faça levantar a mão e até mesmo construir igrejas, mas, que não exija
deles paciência e bondade. Pessoas que pensam que podem ofender o outro, pois
presumem está falando em nome de Deus. Bem diferente daquilo que o apóstolo
Paulo apresenta na sua primeira carta aos coríntios, no capítulo 13.
São pessoas que
procuram a perfeição dentro de um ambiente constituído por indivíduos
imperfeitos. E mesmo que pudéssemos encontrar uma igreja perfeita, certamente
que essas pessoas não poderiam entrar nela, pois estragariam o ambiente dali.
Aqueles que se
deixam cingir pela graça, nos faz sentir bem. Esses sabem construir dentro de
si a paciência necessária para os momentos de tribulação. Sabem ser bondosos e
não se inclinam para o ciúme, não são grosseiros e nem egoístas. A cada dia
eles vão ganhando respeito, pois agem com integridade e continuidade.
Com esses
conseguimos e queremos construir amizades, queremos estar ao lado. Pois nos
fazem bem. A graça que está sobre eles se derrama, transbordando para nós a
mesma graça.
Caim pecou, matou
seu irmão, apesar disso a graça de Deus chegou até ele: “E pôs o Senhor um
sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse” (Gênesis 4.
15b).
Judas Iscariotes
era traidor, Jesus lhe deu a oportunidade de ser o tesoureiro do grupo. Mas
apesar disso, não era em todas as ocasiões que ele estava junto com o mestre.
Mesmo que pareça
não fazer sentido, existem aqueles que se sentem mal diante da graça. A rejeitam
(Mateus 10. 14).
Quando isso
acontece, Jesus não pode agir: “E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade
deles” (Mateus 13; 58).
Para esses a Graça
simplesmente não basta.