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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

Quando As Desculpas Não São O Bastante


Desculpas não podem apagar uma coisa que já aconteceu.

Quando estamos enfermos em nossas emoções e sentimentos, podemos entristecer sem perceber.

A tristeza é dos elementos psicológicos um dos mais importantes. Pois ela pode ocupar um espaço na vida da pessoa, fechando a porta para a alegria e o prazer de viver. Impedindo-a de usar os recursos que a leva a felicidade.

E quando alguém pede desculpas está fazendo um apelo para que se torne ausente de culpa. Significa que há presença de culpa e alguém está apelando para o perdão do outro.

Mas não é fácil perdoar... Pois não é fácil esquecer.

Como reatar o que se perdeu?

Há casos em que o perdão é reatar um relacionamento, mostrar novamente a mesma empolgação que havia antes do fato acontecer. Se isso acontece, podemos dizer que houve o perdão.

Mas e quando não há possibilidade de reaver o que se perdeu? Quando há uma perda gerada por um assassinato por exemplo.

No ensinamento cristão, a questão do perdão é amplamente pregada. Mas vivemos num mundo onde é preciso compensar o erro. Querer algo em troca. Nesse caso o perdão passa a ser na sociedade um mero formalismo, algo que é preciso para satisfazer a pressão social cristã. Isso significa que nem sempre aquele que está concedendo o perdão, o está fazendo de fato.

No exemplo do assassinato não há a possibilidade de tudo voltar a ser como antes. Não é como perder um livro que foi emprestado e ter outro comprado em seu lugar.

O perdão é um processo mental e também espiritual que ajuda acessar o sentimento de ressentimento ou raiva que se possa ter contra alguém. O perdão ajuda a cessar a exigência de castigo ou restituição, concedido sem qualquer expectativa de compensação.

Foi esse o ensinamento de Jesus quando disse: “O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida” (Mateus 18. 27).

Perdoar é esquecer completamente as ofensas. É resultado de um coração sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Ele não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.

Foto: "O Retorno do Filho Pródigo", obra de Rembrandt