Os
conflitos, as frustrações, as inferioridades apresentam-se como uma ameaça à
integridade do ser humano. Por isso para se manter ajustada, a pessoa busca
modos e formas de ocultar, compensar e fugir dos conflitos.
Chamamos
isso de mecanismos de ajustamento. Em
sua maioria, esse ajustamento se faz através de mecanismos internos, que vão se
desenvolvendo no sentido de proteger a pessoa de suas deficiências reais ou
imaginárias.
São esses mecanismos de defesa que irão atuar nas
atividades da pessoa, dirigindo-lhe os passos e guiando-lhe os caminhos.
E como isso acontece na prática do dia-a-dia?
Esses mecanismos se apresentarão de diversas formas
como por exemplos: através da compensação, como aquele rapaz franzino que se torna um lutador
de UFC, ou aquela moça que se veste e caminha de modo provocante. Em ambos os
casos a
intenção é superar uma desvantagem.
Pode
se apresentar também como uma racionalização, como o caso de alguém que quer um
carro maior para sair com a sua família. A intenção é sair ou aumentar seu
status? A racionalização aqui é a criação
convincente de explicações vantajosas para os fracassos de nossa inferioridade.
Outros
usam esses mecanismos como projeção, localizando nos outros e atribuindo a eles
sentimentos que são seus.
Existem
aqueles que usam os mecanismos como regressão, adotam formas de comportamento
como de criança. Essa atitude determina geralmente um abaixamento nos níveis de
aspiração e de expectração, ou imagem da pessoa.
Há
quem utilize esses mecanismos de defesa como um meio de fixação, adotando uma dependência afetiva e
comportamental para com a mãe como se ainda fosse criança.
Muitas
pessoas procuram se ajustar através da idealização,
são aquelas pessoas que idealizam um mundo melhor. Elas elevam e
sustentam seu comportamento em prol de sua criação.
Uma
forma muito comum de usar os mecanismos de defesa é através da simbolização, se caracteriza pela
criação dos ídolos do cinema, da televisão e outros. Aqui as energias
emocionais de origem erótica são utilizadas num processo de elevação e quase
adoração de personalidades.
Existem
aqueles que buscam a repressão,
que consiste em rechaçar para o inconsciente os estados emocionais de
frustração que se apresentam incômodos e dolorosos. Quando surge a lembrança do
problema, esta atormenta a consciência e esta cuida de reprimi-la e de afogar
sua memória.
Outra
forma também não pouco comum é a sublimação,
aqui os impulsos sexuais reprimidos são compensados através de
atividades artística ou religiosa.
Há
ainda aqueles que utilizam os mecanismos de defesa na forma de uma fantasia ou devaneio, como assistir
a um bom filme e identificar-se como herói que enfrenta o perigo. Serve para
encobrir uma situação frustrada ou fugir mentalmente à lembrança da sua
realidade.
O Complexo de Inferioridade é o conflito que mais mobiliza as
defesas da pessoa.
Podemos
citar como seus sintomas: os sentimentos acentuados de incapacidade e de inferioridade;
a supersensibilidade à crítica; o isolamento ou a falta de sociabilidade; a excessiva
valorização da bajulação e também as atitudes supercríticas com relação aos
outros.
Todavia,
é possível ter vitória individual na vida de todo ser humano.
O
segredo reside na prática do Evangelho e da vida cristã. Pois todo aquele que
se aproximar de Jesus com o coração aberto para os seus ensinamentos e está
disposto a pratica-los experimentará o gozo da comunhão com o Espírito Santo.
No
entanto, a realidade mostra que o ser humano está cada vez mais incrédulo,
perverso e oprimido. O que resulta em dias maus. O que nos faz pensar que seria
bom levar em conta o alerta do apóstolo Paulo que adverte: “Portanto tomai toda
a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo,
permanecer firmes” (Efésios 6. 13).
Leia também:
O Cristianismo e A Autoestima - Parte 1
O Cristianismo e A Autoestima - Parte 3