Uma questão importante e que deve ser levada em
consideração por todo cristão, é ter a consciência de que Deus o criou de forma
exclusiva.
Você é único, não existe ninguém no mundo com as
mesmas características que você. Isso o torna uma pessoa especial diante de
Deus.
No entanto, quando andando pelas ruas, vemos quase sempre pessoas de cabeça
baixa, rostos tensos e tristes, andando preocupadas e cheias de atividades.
Talvez
alguém possa perguntar: o que pode existir por trás de tudo isso?
É
o mesmo que faz com que milhares de pessoas sintam-se infelizes com sua
personalidade, infelizes com sua formação e aparência. Pessoas que tem
dificuldades de aceitar certas áreas de sua vida. Pessoas que não se sentem uma
criação exclusiva.
Boa
parte dessas pessoas sofre de complexo de inferioridade.
Isso
está ligado à estima que se tem de si mesmo. Seu autoconceito, ou seja, como
você se percebe no mundo. Tem a ver também com sua autoeficácia, aquilo que
você pensa ser capaz de fazer ou não no mundo; e sua baixa expectativa, aquilo
que você espera de si mesmo e do outro.
A
autoestima diz respeito a estimar-se mais, ou seja, amar-se mais. Está ligado
aos sentimentos.
Sentimento
significa sentir através dos sentidos.
São
os estados do “eu” que não podem ser controlados pela vontade e que são
provocados por nossas representações, pelos estímulos procedentes do mundo
exterior ou alterações sobrevindas do interior do organismo (Kurt Schneider).
O
sentimento aceita ou rejeita uma ideia. É o sentimento que determina se
andaremos na verdade ou na mentira.
Os
sentimentos são as maneiras como nos percebemos, resumindo, o que
experimentamos e dizendo se é agradável ou desagradável.
Na
Revista Mente e Cérebro, nº 149, trás uma matéria que diz que: “Por trás da
busca obsessiva de um corpo escultural, a clínica psicanalítica revela traços
de desorganização, experiências de vazio e estados melancólicos depressivos”.
Tudo
isso leva a aquela ideia de não se sentir uma criação exclusiva de Deus.
Muitas
pessoas não gostam de si mesmas: seu físico, seu jeito de ser, sua família e
uma série de outras coisas. A falta de amor por si mesmo é uma coisa séria e
prejudicial.
No livro de
Marcos 12. 31 Jesus diz que devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. A
referência para o amor ao próximo está no amor que temos para conosco.
Sem esse referencial fica difícil obedecer de
forma ajustada a outro ensinamento de Jesus: “O que quereis que os outros vos
façam fazei vós a eles” (Mateus 7: 12).
Um dos maiores
problemas presente nas pessoas é não querer-se bem e fazer mal a si mesmo,
chegando até mesmo a punir-se, consciente ou inconscientemente.