“A coisa tem de
melhorar. Do jeito que está não dá para suportar, não dá para continuar”. Era
esse o pensamento de Amanda. Uma jovem que vivia perdida em seu coração. Num
mundo tipo assim: “Sei lá”.
Jovem atraente, que
cresceu numa família em que tudo era proibido, mas todos permitiam. Onde viviam
assim, nem sim nem não. Um lugar onde ela conheceu a desavença.
“Como o mundo pôde
ter chagado a esse momento?” - Tudo o que ela sabia era como ela própria tinha
chegado a esse momento.
Aos 12 anos, seu
padrasto a estuprou por várias vezes. Ao tentar falar com sua mãe sobre o
assuntou ela não acreditou. O que conseguiu em troca foi ser abandonada pela
mãe. O que a levou a procurar um lugar como refúgio. O que conseguiu foi uma
casa de strip-tease, onde era drogada por um homem que pensou ser seu dono, e
que a usava para seu prazer. Mas algum tempo depois ele também a abandonou. E Amanda
passou a viver na rua.
Ninguém quis saber
como Amanda se sentia. Ninguém quis saber o que Amanda queria. E o que ela
queria era amor e uma família.
A realidade de
Amanda foi a mesma de muitas outras meninas e meninos que estão dentro dessa
mesma tragédia. Uma tragédia que tem a sociedade como protagonista. Uma
tragédia em que os cidadãos no mundo também tem uma parcela de culpa. Pois
Amanda, como muitas outras crianças vive em nossa época. Uma era que torna tudo
isso uma tragédia social. E se Amanda é culpada pelas escolhas que fez a
sociedade também é, pois se omite em garantir um lugar de proteção para essas
crianças, para evitar que elas sejam expostas a esse tipo de abuso.
A humanidade falha!
A humanidade é negligente com sua responsabilidade. E depois tenta encobrir
essa negligência.
Hoje Amanda
conheceu uma realidade que mudou a sua vida: “e ele converterá o coração dos
pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e
fira a terra com maldição” (Malaquias 4. 6).
Deus tem que ser
prá nós um ponto de encontro, que nos converta um ao outro, para que haja paz. Para que se converta o coração
dos filhos aos pais, para que se converta o coração dos pais aos filhos. É preciso erguer a cruz de
Cristo dentro do quarto, dentro da sala. Dentro de casa, para que haja abraços e
comunhão. Para que não haja abismos entre as gerações.
Realmente as coisas melhoraram
para Amanda, mas ela sabe que existem muitos ainda que precisam dessa conversão
em suas vidas. Muitos filhos que precisam se converter a seus pais, e muitos
pais que precisam se converter a seus filhos.
Amanda conseguiu
sair de sua revolta. Quebrou os seus grilhões.