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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

Abismo de Gerações

“A coisa tem de melhorar. Do jeito que está não dá para suportar, não dá para continuar”. Era esse o pensamento de Amanda. Uma jovem que vivia perdida em seu coração. Num mundo tipo assim: “Sei lá”. 

Jovem atraente, que cresceu numa família em que tudo era proibido, mas todos permitiam. Onde viviam assim, nem sim nem não. Um lugar onde ela conheceu a desavença.

“Como o mundo pôde ter chagado a esse momento?” - Tudo o que ela sabia era como ela própria tinha chegado a esse momento.

Aos 12 anos, seu padrasto a estuprou por várias vezes. Ao tentar falar com sua mãe sobre o assuntou ela não acreditou. O que conseguiu em troca foi ser abandonada pela mãe. O que a levou a procurar um lugar como refúgio. O que conseguiu foi uma casa de strip-tease, onde era drogada por um homem que pensou ser seu dono, e que a usava para seu prazer. Mas algum tempo depois ele também a abandonou. E Amanda passou a viver na rua.

Ninguém quis saber como Amanda se sentia. Ninguém quis saber o que Amanda queria. E o que ela queria era amor e uma família.

A realidade de Amanda foi a mesma de muitas outras meninas e meninos que estão dentro dessa mesma tragédia. Uma tragédia que tem a sociedade como protagonista. Uma tragédia em que os cidadãos no mundo também tem uma parcela de culpa. Pois Amanda, como muitas outras crianças vive em nossa época. Uma era que torna tudo isso uma tragédia social. E se Amanda é culpada pelas escolhas que fez a sociedade também é, pois se omite em garantir um lugar de proteção para essas crianças, para evitar que elas sejam expostas a esse tipo de abuso.

A humanidade falha! A humanidade é negligente com sua responsabilidade. E depois tenta encobrir essa negligência.

Hoje Amanda conheceu uma realidade que mudou a sua vida: “e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição” (Malaquias 4. 6).

Deus tem que ser prá nós um ponto de encontro, que nos converta um ao outro, para que haja paz. Para que se converta o coração dos filhos aos pais, para que se converta o coração dos pais aos filhos. É preciso erguer a cruz de Cristo dentro do quarto, dentro da sala. Dentro de casa, para que haja abraços e comunhão. Para que não haja abismos entre as gerações.

Realmente as coisas melhoraram para Amanda, mas ela sabe que existem muitos ainda que precisam dessa conversão em suas vidas. Muitos filhos que precisam se converter a seus pais, e muitos pais que precisam se converter a seus filhos.

Amanda conseguiu sair de sua revolta. Quebrou os seus grilhões.