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A Impunidade e a Disciplina na Igreja: Uma Reflexão com Base em 1 Coríntios 5:1-13

  A palavra “impunidade” tem se tornado cada vez mais comum em nosso vocabulário, especialmente em tempos onde a violência e o desrespeito às leis parecem estar em ascensão. O Oxford define impunidade como “falta de punição, de castigo”, enquanto o Caldas Aulete complementa ao descrever como “o não cumprimento de uma pena por alguém que cometeu um delito. Estado de tolerância ao crime”. Em um contexto espiritual, a impunidade é igualmente grave e pode ser vista como um desprezo pelas diretrizes divinas de respeito, amor ao próximo e reverência a Deus. O profeta Oséias já alertava sobre isso em Oséias 4:1-2, onde descreve como a desobediência a Deus resulta em uma sociedade desprovida de verdade, amor e conhecimento do Senhor. A impunidade, como consequênciado pecado, não é novidade . Desde os primórdios da humanidade, vemos exemplos de pessoas que, mesmo não enfrentando consequências imediatas por seus atos, não escaparam do julgamento divino. O Salmo 34:16 lembra-nos de que “o ro...

Implicações Espirituais Nas Obrigações Humanas


O muito que eu possa vir conhecer acerca de Deus, é muito pouco em relação a tudo o que Deus é. Mas uma coisa que me impressiona é que, embora sendo Deus, Jesus dava importância para as obrigações humanas.

Quando leio o seguinte texto: “Certo! – disse Jesus. – Isso quer dizer que os cidadãos não precisam pagar. Mas nós não queremos ofender essa gente. Por isso vá até o lago, jogue o anzol e puxe o primeiro peixe que você fisgar. Na boca dele você encontrará uma moeda. Então vá e pague com ela o meu imposto e o seu” (Mateus 17. 26). Me impressiona o zelo de Jesus em não querer ofender aquela gente.

O imposto do templo era cobrado a todo homem judeu acima de vinte e um anos de idade. Era usado para sua manutenção.

O valor equivalia a dois dias de trabalho de um trabalhador comum.

Aqui nesse texto fica evidente que Jesus ainda não tinha pagado esse imposto. Por isso Pedro foi inquirido pelos coletores.

Com a resposta de Jesus podemos observar duas coisas: a primeira é que, como Filho de Deus, Jesus não tinha a obrigação de pagar o imposto do templo, até porque o templo pertencia a Ele - (Malaquias 3. 1).

A segunda é que, como descendente de Davi, Jesus não se sentia na obrigação de pagar o imposto uma vez que o Rei Saul tinha prometido: “Quem matar esse filisteu receberá uma grande recompensa: o rei lhe dará muitas riquezas, lhe dará sua filha em casamento, e a família do seu pai nunca mais vai ter de pagar nenhum imposto” (1 Samuel 17. 25). É interessante, pois Jesus inclui seus discípulos como também sendo livres dessa obrigação.

No entanto, Jesus disse a Pedro que assim que tivesse a moeda em mãos fosse lá pagar tanto o imposto dele como também o de Pedro.

Jesus estava ensinado a Pedro sobre a responsabilidade social que todo cidadão deve ter com aquilo que se deve dar a César. “Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lucas 20. 25).

Ser cidadão no planeta terra implica em muitas vezes darmos a César aquilo que ele nos cobra. Mesmo quando não sentimos na obrigação de fazê-lo. Jesus disse a Pedro: “Para não ofender a essa gente... vá e pague”.

Ser cristão consiste em aprender a mudar o comportamento, em adquirir novos hábitos. Em assumir uma percepção diferente daquilo que está a nossa volta.

Nossa vitória está condicionada as escolhas que fazemos em nossa vida. Se escolhermos respeitar as autoridades, estamos escolhendo respeitar a Deus.

A Bíblia ensina que “Obedeçam às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus lugares por Ele” (Romanos 13. 1).

Sei que às vezes será bem difícil agir assim devido às injustiças, a arrogância e a maldade de muitas autoridades, todavia o apóstolo Paulo ensina para os cristãos romanos como deve ser a nova vida no serviço de Deus, ele escreve: “Não deixem que o mal vença você, mas vençam o mal com o bem” (Romanos 12. 21).

Jesus ensinou a Pedro as implicações espirituais nas obrigações humanas. Pois além de cidadãos do céu. Somos cidadãos também aqui. E enquanto estivermos aqui, devemos a César o que é de César, sem nos esquecermos de dar a Deus aqui que lhe é de direito. Toda honra, todo louvor, toda adoração... Toda glória seja dada a Ele.

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