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Ano Novo: Escrevendo Nossas Páginas de Fé e Esperança

À medida que nos despedimos do ano que se encerra, é tempo de refletir sobre nossas jornadas, nossas alegrias e desafios. Olhamos para trás com gratidão por tudo o que conquistamos e com sabedoria para aprender com nossos erros. À nossa frente, um novo ano se abre como um livro em branco, esperando por nós para escrevermos suas páginas com histórias de amor, esperança e superação.   Que possamos abraçar o futuro com coragem, determinação e fé, lembrando que em tempos de incerteza, nossa fé nos sustentará. Assim como está escrito em Jeremias 29:11: 'Porque eu sei que pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.'   Que em 2024 possamos seguir os planos de Deus, confiando em Sua orientação, e que cada passo que dermos seja um passo em direção à Sua vontade. Que a paz de Deus nos guie, a alegria de Seu amor nos preencha e Sua graça nos sustente ao longo do novo ano. Feliz Ano Novo!".     O amor é

CRÔNICAS DA VIDA REAL

CRÔNICA DA VIDA REAL_________________________________________
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Minha Permanência Em
              Santa Isabel do Rio Preto - Parte 1




        Me recordo de uma situação interessante que marcou minha caminha com Jesus.
Quando estamos trabalhando fora da igreja, longe de suportes humanos e muitas vezes materiais, não temos muito com o que contar a não ser com a fé e a boa vontade dos irmãos voluntários e muita fé e esperança em Deus.
Em abril de 2001, fui designado para dirigir uma congregação em Santa Isabel do Rio Preto. É um distrito do município fluminense de Valença. Estima-se que tenha uma população de aproximadamente seis mil habitantes, fica a 57 quilômetros da sede do município, 170 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, a 46 quilômetros de Volta Redonda e 55 de Barra Mansa.
E lá fui eu e minha família. Cheios de esperança e vontade de realizar um bom trabalho.
Na época eu tinha um Fiat Uno Miller ELX de cor vinho. Quatro portas, um bonito carro. E não me importei com a estrada cheia de buracos e sem asfalto. O que eu queria era trabalhar para Deus.
Entre Santa Isabel do Rio Preto e Conservatória, fica a Serra da Beleza, e quem passa por essas localidades, costuma escutar relatos sobre discos voadores. É um local conhecido por ser aconchegante e possuir um povo muito hospitaleiro e animado.
Graças a Deus conquistamos a simpatia dos irmãos alí e isso nos ajudou bastante.
Localizado na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sua principal atividade econômica é produção do leite e seus derivados.
Isso nos pudemos confirmar, pois sempre que voltávamos para nossa cidade, trazíamos muito leite.
Ficavamos hospedados numa casa localizada atrás da igreja. Fazia parte da igreja. Ao lado passava um pequeno corrêgo. As crianças eram pequenas, um estava fazendo dois anos e o outro um ano. Apesar disso, estávamos alegres por estar alí. Meu filho de dois anos gostava muito quando ficávamos alí. Ele chamava o lugar de “A Casa do Rio”.
Depois de algum tempo, num domingo, voltávamos de um trabalho evangelístico no hospital da cidade. No caminho nos deparamos com um homem montado em seu cavalo. Ele vinha correndo muito e parecia nervoso. Quando se aproximou do nosso grupo, o homem gritou: “Hoje eu mato um”. Paramos e eu perguntei ao homem porque ele estava falando aquilo. Enquanto eu falava com o homem, não percebi que os irmãos iam saindo um por um. E quando dei por mim, estava sozinho.
O homem estava nervoso e contou que seu irmão estava doente no hospital e que um grupo de crentes tinha falado que iria até lá orar por ele e não foi. Que eram um bando de mentirosos. E voltou a dizer: “Hoje eu mato um”. Bem, naquele momento só havia eu ali e se ele fosse matar alguém... eu era o único na fila.
Minha esposa chegou ao portão da igreja e me viu alí naquela situação, fiz sinal para ela permanecer no mesmo local. Falei ao homem que estivemos no hospital e oramos por muitas pessoas alí. Embora não sabendo quem era o seu irmão deveríamos ter orado por ele também.
O homem empinou o cavalo que levantou suas patas e eu me senti bem pequeno nesse momento. Parecendo possuído ele voltou a falar: “Vocês crentes pensam que podem fazer qualquer coisa. Mas são um bando de gente mentirosa”.
Nesse momento eu falei para ele: “O senhor tem toda razão. Somos gente comum mas que acreditamos em um Deus que pode curar o seu irmão. Eu estou resposável por aquela igreja alí...” “Você é o pstor dela?” – perguntou ele. “Não sou o pastor, mas estou resposável por ela. Se o senhor quiser vir a noite no culto, iremos orar pelo seu irmão e ele irá melhorar”. “Você garante isso?”, perguntou ele.
Eu aprendi que a soberania é de Deus e Ele faz acontecer o que Lhe prover quando Ele bem entender. Mas diante aquela situação a única coisa que eu pensei foi exercitar a fé: “Sim! Vamos orar juntos com o senhor pelo seu irmão”. “Está bem! Eu virei. Mas quando eu for ao hospital amanhâ e meu irmão estiver mal, voltarei aqui e matarei um’.
A noite lá estava o homem. Enquanto predicava, ele estava lá sentado e prestando atenção. Ao término, reuní os prebíteros daquela congregação e oramos pelo homem e seu irmão no hospital. Naquela noite voltei com minha família para nossa cidade.
A semana passou e me esqueci daquele acontecimento. Mas, no domingo seguinte. No culto a noite, lá estava o homem sentado bem no último banco. Quando o ví, me lembrei do acontecimento e senti certo temor. Ao término do culto ele veio caminhando até mim, os presbíteros viram ele vindo em minha direção e vieram atrás dele. Ele colocou a mão no bolso, alguns presbíteros pararam no meio do caminho. Outro correu até minha esposa e meus filhos. Vi isso tudo acontecendo mas continuei ali a espera do homem. Mas confesso, com certo temor.
 O homem chegou e disse: “Estive no hospital como falei que iria fazer. Quando chegueii lá encontrei meu irmão sentado e se alimentando. Ele falou comigo... estava bem... ele falou comigo. Você não mentiu prá mim. Quero que você ore por mim”.
         Esse é nosso Deus, que usa seus filhos para realizar milagres na vida de outros que necessitam de sua graça. “E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários” (Atos 19.11).

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