Certa vez tive de continuar o trabalho de um
missionário numa Congregação na cidade de Santa Isabel. Uma das primeiras
coisas que falei para a igreja ali foi que não houvesse comparações de meu
ministério com o daquele que estava saindo.
Eu sabia que todos ali gostavam dele, pelo
seu carisma e seu carinho com as pessoas. E certamente haveriam de fazer certas
comparações. Outra coisa, eu também não estava a fim de ser distraído por
críticas e nem ter de enfrentar debates contraproducentes sobre meu ministério.
John Bunyan disse: “Se minha vida é
infrutífera, isso não importa a quem me enaltece e, se minha vida é frutífera,
isso não importa a quem me critica”.
Jesus foi um que passou por essa questão,
todavia, Ele não estava muito preocupado com a opinião alheia, Ele continuou
obedecendo até o fim.
Aceitar e desfrutar a forma como Deus me fez é a melhor coisa que eu posso fazer. É Deus quem sabe o que é melhor para mim.
Paulo escrevendo aos Romanos disse: “Mais exatamente,
quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Vai acaso a obra dizer ao
artífice: por que me fizeste a assim?” (Romanos 9. 20). Isso significa dizer
que, aquilo que sou foi formado por Deus de forma soberana, e isso é estar
dentro dos propósitos Dele. Então não devo me ressentir ou rejeitá-la. Aprendi
que não devo querer remodelar ou querer ser outra pessoa. Eu sou aquilo que
Deus me fez ser e isso é motivo de eu comemorar e de dar ações de graça. Pois
aquilo que sou Deus deu somente a mim.
O resultado disso na Congregação foi que me
aceitaram com alegria e a minha esposa e dois filhos, crianças nessa época.
Cristo concede a nós aptidões especiais, isso
é para cada um de nós, Ele pode nos dar qualquer coisa que Ele queira nos dar do
Seu rico depósito de dons.
Isso implica em reconhecermos as nossas
limitações e aceitar. Ninguém é bom em tudo, e ninguém é chamado para ser tudo.
Todos temos papéis definidos.
Portanto: “Procure apresentar-se a Deus
aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja
corretamente a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15 - NVI).