Final de domingo, angustiados,
frustrados, se sentindo abandonados, órfãos, como alguém que tinha sido
enganado, pois haviam colocado todas as suas esperanças na pessoa de Jesus.
Haviam nutrido a esperança, como também
toda aquela comunidade de discípulos que seguiam Jesus, que quando chegassem em
Jerusalém, o reino de Deus seria implantado. Que aconteceria um
milagre e todos entenderiam que Deus havia se manifestado no meio do povo. E
toda uma ordem de coisas iria acontecer. Mas essa expectativa era só deles. Não
era a de Jesus.
O que Jesus havia ensinado era que Ele
seria perseguido, maltratado, humilhado, crucificado, morto e que ressuscitaria
ao terceiro dia. Mas suas mentes não estavam voltadas para isso. Suas mentes
estavam fechadas para a realidade. O que eles queriam era a realização de um
sonho. Naquilo que o coração queria. Aquilo que todo coração humano quer. Um
lugar onde a felicidade possa nos alcançar.
O que aconteceu com esses
discípulos acontecesse a muita gente que deposita as suas próprias expectativas
em relação ao Reino de Deus. Em relação à Igreja e ao que significa seguir
Jesus.
Quando os discípulos se depararam com a
realidade, sua fé naufragou, uns fugiram, outros negaram, outros ficaram mudos,
quietos diante dos fatos. E outros ficaram com raiva de Deus. Magoados,
machucados, tristes.
É o que acontecesse quando os
meus sonhos não coincidem com os sonhos de Deus. Quando minhas expectativas
estão sendo guiadas por razões meramente humanitárias, sem um fundo espiritual
que dê sentido a um propósito divino.
Os dois discípulos do texto saem com
essa amargura no peito. Com uma dor enorme, uma incompreensão.
Sentem como quem deixou tudo para trás
por uma grande causa, e essa causa não valeu a pena. Suas mentes não estavam
preparadas para reconhecer Jesus. Não podiam ter uma aceitação imediata, Ficou
aquela sensação de que parece, mas não é.
Foi preciso caminhar durante algum
tempo junto a Jesus, Foi preciso Ele relembrar o que foi ensinado. Foi preciso
Ele repartir novamente o pão para que suas mentes fossem abertas.
Foi preciso Jesus lhes dá a última
notícia: “as portas da tumba se romperam e eu saí ressuscitado de entre os
mortos”.
Você que está aí nesse momento, magoado,
machucado, triste, e. com raiva de Deus. Não baseie sua fé apenas nos seus
próprios sonhos. Não seja como os discípulos de Emaús. Abra os olhos para a
grande notícia que Jesus deu aqueles homens e que significa muito para nós
hoje: “as portas da tumba se romperam e eu saí ressuscitado de entre os
mortos”.
Isso significa que “...nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). Que um dia Ele
voltará para nos buscar e nos levará para morar junto dele: “E, se eu for e vos
preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu
estiver estejais vós também” (João 14.3).
Com essa grande
notícia da ressurreição temos também a certeza de que nossas dores passarão, “porque
o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às
fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”
(Apocalipse 7. 17), e mais “Ele enxugará
de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto,
nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse
21. 4).
Texto baseado em Lucas 24. 13.
Comentários
Postar um comentário