Na postagem anterior terminei fazendo a
seguinte pergunta: Então porque devo dar o dízimo?
Primeiro vamos entender algumas coisas. As
igrejas, infelizmente, tem se tornado cada vez mais medieval. Elas têm
procurado manter seus membros por meio de temores. São tantas tiranias,
ignorâncias e barganhas diabólicas, como aquelas da chamada idade das trevas,
que tem causado muitas fobias em seus membros.
Mas ao contrário disso o dízimo deve ser uma
expressão de alegria e gratidão; e não para garantir as bênçãos de Deus.
Se o dízimo tivesse alguma coisa a ver com
salvação ou qualquer outro merecimento da parte de Deus, a salvação seria
comprada, assim como era no tempo das indulgências. Nesse tempo o perdão de
pecados era vendido pela igreja Católica nos dias de Lutero, no século 16.
Nessa época aconteceu a Reforma Protestante.
Ninguém vai para o inferno se não der o
dízimo. Mas você já está no inferno se viver crendo nessa maluquice, e são
coisas como essas que tem feito muita gente entrar em diagnósticos
psiquiátricos, pois não há mente humana que suporte crer num Deus agiota e
perverso como esse que é ensinados em muitas igrejas. Com líderes psicopatas
colocando fardos pesados em seus membros.
Porque eu disse psicopata? Por que são
líderes perversos, inflexíveis nos seus objetivos, totalmente egoístas e
desprovidos de qualquer tipo de sentimento, incapazes também de sentir qualquer
remorso, mas penalmente imputável, pois tem discernimento para distinguir o
certo do errado.
Dizer que quem não dá o dízimo está
amaldiçoado, é invenção de quem não tem o Evangelho no coração. Pois no Novo
Testamento ninguém é obrigado a dar o dízimo.
O apóstolo Paulo escreve aos corintos: “Não
lhes estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de vocês”
(2 Coríntios 8.8). E ainda: “Este é meu conselho: convém que vocês contribuam,
já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir,
mas também a propor esse plano.” (2 Coríntios 8.10). E em seguida mostra qual o
sentido e o propósito de ofertar: “Nosso desejo não é que outros sejam
aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. No
presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por
sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês.” (2 Coríntios 8.13,14)
No Novo Testamento o princípio é esse: “Cada
um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama quem dá com alegria.” (2 Coríntios 9.7).
Mas vamos ser sinceros. Se o líder não for
tirano com você, você daria o dízimo, que não é dízimo coisa nenhuma, ou daria
uma oferta generosa?
Posso até arriscar uma resposta depois de
mais de 30 anos como cristão. A resposta é não.
Se for preciso fazer cantina, ou um carnê
mensal, para adquirir fundo para algum projeto ou compra de algum aparelho para
a igreja é porque falta amor nos membros. Falta generosidade. Isso é só um
exemplo.
Se os pastores falarem a verdade sobre o
dízimo as igrejas terão de fechar, pois não haverá generosidade, não haverá
amor, não haverá gratidão no coração, para mantê-la de pé.
Então o contexto de Malaquias 3, passará a
ser uma realidade também em nossos dias. Não por que não se deu o dízimo, mas
porque faltou amor. Faltou aquilo que é o mais importante no cristianismo.
O pastor pode ser tirano, mas você será
infiel e ingrato se não ajudar o próximo. É isso o que consiste o Evangelho.
Obedecer a Deus.
Portanto vamos deixar de ser hipócritas e
usar de sinceridade, tanto pastores como membros, vamos aprender a viver o
verdadeiro Evangelho, aquele que Jesus ensinou, e não o evangelho da
prosperidade.
Vamos adorar a Deus por quem Ele é, e não
pelo que desejamos obter Dele.
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